Intestino

O que você precisa saber sobre câncer de intestino

O que você precisa saber sobre câncer de intestino 4501 4501 Flávia Reis

Em fevereiro deste ano, o Instituto Nacional do Câncer  (INCA) apresentou uma estimativa de tumores malignos para  2020 e os números são assustadores. “Estimam-se para cada ano do triênio (2020-2022) são esperados cerca de 20.520 casos de Câncer de Cólon e Reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,63 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres”.

O Câncer de Pele Não Melanoma será o mais incidente, seguido pelo de Câncer de Próstata em homens. Já para mulheres o Câncer de Mama atinge a incidência número um.

A vigilância desses tumores é muito importante e saber com que eles se relacionam em probabilidade causal também.

Causas do Câncer de Intestino

O Câncer de Intestino tem relação causal com fatores genéticos, Doença Inflamatória Intestinal (Retocolite e Doença de Crohn), fatores ambientais e, principalmente, estilo de vida:

  • Consumo de bebida alcoólica 
  • Baixa ingestão de frutas e vegetais
  • Alto consumo de carne vermelha e alimentos processados
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Sedentarismo

Fique atento ao seu estilo de vida e quais as escolhas você tem realizado!

A Colonoscopia é considerada um exame de prevenção relacionado ao Câncer de Intestino, pois é a forma de identificar qualquer alteração antes até de se tornar um tumor maligno.

É recomendado que após os 45 anos de idade se realize a Colonoscopia. E dependendo do seu resultado, um novo exame a cada 5 anos ou menos, em caso de algum achado no exame realizado.

Procure seu médico!

Em histórico familiar de Câncer de Intestino diagnosticado com menor idade esse protocolo muda, assim como nos casos de presença de Doença Inflamatória Intestinal, Poliposes familiares ou história pessoal de outros tumores prévios.

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A dieta rica em fibras, legumes, frutas e verduras, sem processados e industrializados tem se mostrado uma boa opção quando se pensa em Câncer de Intestino. Outro grande aliado tem sido a atividade física.

Sinais de alerta:

  • Anemia a esclarecer
  • Alteração de hábito intestinal
  • Sangramento visível nas fezes

Mas não espere esses sinais, caso você tenha ou conheça alguém com mais de 45-50 anos de idade que nunca realizou exame de Colonoscopia ALERTE ao risco.

Novidades sobre o tema

  • Colonoscopia Virtual

Utilizando imagens de tomografia computadorizada para avaliação do cólon é possível a reconstrução tridimensional do órgão obtendo imagens semelhantes ao exame convencional de visualização direta. Ela dura em torno de 15 minutos, não havendo a necessidade de sedação e com maior conforto. É a tecnologia a serviço da medicina!

  • Vacina

Outra grande novidade, ainda em estudo, mas com avaliações promissoras é a vacina Ad5-GUCY2C-PADRE sendo estudada para quem tem diagnóstico de Câncer Colorretal com a expectativa de uma imunidade antitumoral.

Esse parece ser o futuro, não tão distante em termos de tratamento e diagnóstico no tumor colorretal.

O que é Doença Diverticular dos Cólons e como ela acontece?

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Uma doença que tem alta ocorrência entre a população brasileira, a Doença Diverticular dos Cólons ocorre nos intestinos, mais precisamente nos cólons, ou seja, no intestino grosso. Para entendê-la melhor é preciso um pouco de noção de anatomia. O intestino grosso é dividido entre cólon ascendente transverso e cólon descendente. Do cólon descendente temos o sigmoide e o reto, que é a finalização com o ânus. Essa noção de anatomia dos cólons é interessante para entendermos um pouco melhor a Doença Diverticular.

O local mais comum de ocorrência da Doença Diverticular é na finalização do intestino, ou seja, no sigmoide. A Doença Diverticular é dada pela presença de herniações na mucosa do intestino, órgão este que é formado como se fosse uma sanfona. Na Doença Diverticular temos pequenas saculações nesta sanfona. Então o divertículo é uma herniação – ou também dizendo uma saculação – da mucosa intestinal.

A Doença Diverticular dos Cólons pode ser classificada em hipertônica ou hipotônica. Sendo que a forma hipertônica da Doença Diverticular dos Cólons ocorre em pessoas com menos de 50 anos. Elas comumente apresentam constipação intestinal, tomam pouca água, ingerem pouca fibra, têm o  intestino mais preso, ou seja, exigem mais deste órgão para a evacuação.

Nós já falamos anteriormente sobre a peristalse, que são os movimentos que o intestino faz para a propulsão das fezes. Um bolo fecal de má qualidade, ou seja, um bolo fecal que não é bem formado, que não tem fibra, ou não é volumoso, sendo ressecado e de difícil saída. Neste caso, o intestino precisa de movimentos mais fortes: hipertônicos.

A tonicidade faz referência à força de contração. Então é preciso uma força de contração maior nestes movimentos intestinais. Há uma exigência maior das alças intestinais e por isso aumenta a chance dessa mucosa herniar, formando os divertículos. Essa é uma primeira classificação da Doença Diverticular dos Cólons.

Existe uma segunda forma, que é a hipotônica e vai acontecer com pessoas acima de 60 anos de idade. Com o envelhecimento nós vamos perdendo a tonicidade da mucosa intestinal, assim como perdemos a tonicidade da pele e de outras mucosas. Com a perda desta tonicidade da mucosa intestinal ela fica enfraquecida, possibilitando a formação das herniações. Contudo, isto é muito teórico, pois ainda existe a forma mista hipertônica e hipotônica. É preciso avaliar caso a caso para identificá-las.

A grande questão aqui é: intestino preso não é legal!

Constipação intestinal não é normal e se queremos prevenir a Doença Diverticular dos Cólons é preciso beber bastante água, consumir fibras e ter uma boa qualidade de evacuação. Se você já tem a Doença Diverticular dos Cólons deveria pensar então em prevenir as complicações desta doença.

Falando de sintomas, a Doença Diverticular dos Cólons pode acontecer sem sintoma algum. Às vezes um pouco de cólica ou desconforto abdominal, mas que pode ser gerado pela constipação intestinal, que é bastante comum.

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No entanto a Doença Diverticular dos Cólons complicada pode levar à Diverticulite, que é o processo infeccioso desse divertículo. Isso pode complicar bastante, podendo levar até um quadro cirúrgico de abdômen agudo. Pois essa inflamação pode perfurar e ter uma gravidade alta.

Com a Diverticulite temos um quadro de dor abdominal, podendo ocorrer ou não febre, mas estes são quadros que devem ter atendimento médico especializado, sendo necessário hospitalização em algumas vezes. E em alguns casos até tratamento cirúrgico. 

Outro sintoma que acontece mais na Doença Diverticular acima dos 60 anos de idade é a hemorragia digestiva baixa, ou seja, sangramento anal. Isso pode ocorrer e é muito comum na doença hipotônica. Isso acontece por fraqueza da mucosa intestinal.

Essas são as informações que queria compartilhar e a maior mensagem que eu gostaria de deixar é:

  1. Hidratação
  1. Consumo de fibras
  1. Ter um bom bolo fecal

Ou seja, a constipação intestinal é uma causa de Doença Diverticular dos Cólons e se você quer prevenir-se dela tenha um intestino saudável. Se você já tem Doença Diverticular dos Cólons o importante é também ter um intestino saudável tentando evitar as complicações desta patologia.

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