A gastroenterologia na Medicina Ocidental e Medicina Oriental provém de diferentes abordagens para a busca do mesmo objetivo: a cura! Essas peculiaridades vieram de culturas diferentes e, consequentemente, de relatos, entendimentos e abordagens diversas.
Ao estudar a história da Medicina descobrimos que ela se inicia na Grécia com um grande marco, o pai da Medicina: Hipócrates, mas também de outros tantos que iniciaram a arte com propósito de cura. Gregos e romanos se destacavam nessa caminhada. No entanto, parece que muito antes, no Egito antigo, já eram realizados procedimentos de alta complexidade.
O Oriente manteve o desenvolvimento de sua Medicina de uma forma bem fechada e em alguns momentos de aberturas culturais, políticas e ou de migrações, esses conhecimentos se conectavam e se complementavam em trocas de experiências e observações.
Considero a palavra “COMPLEMENTAR” perfeita, pois tais abordagens se complementam e uma não deve excluir a outra. Muito menos elas devem ser alternativas, mas sim COMPLEMENTARES.
Medicina Ocidental e Medicina Oriental
A Medicina Tradicional Brasileira vem da base Ocidental e logicamente das influências greco-romanas. Por questões culturais, linguísticas e geográficas ficamos muito tempo sem o conhecimento de terapias e abordagens milenares orientais. Algumas delas tiveram grande destaque na China, onde após 1970, com a “abertura” chinesa, tivemos maior contato.
A Medicina Tradicional Chinesa, assim como uma das mais antigas na Índia, a Ayurveda, datam de aproximadamente 3.200 a.c. A Índia possui vários sistemas médicos incluindo a Medicina Tradicional Ocidental que foi levada pelos portugueses e ingleses, e a Medicina Tradicional Muçulmana-Unani que também deriva de Hipócrates, mas com maiores influências do Oriente Médio e outras. Elas são exemplos de abordagens orientais nas quais, em comum, possuem a crença de uma “energia” de nomes diferentes, mas que possibilitam a autocura do corpo humano, possuidor de um sistema sofisticado para localizar a doença (desequilíbrio) e reequilibrar com vários recursos, entre eles e de suma importância: a alimentação.
Tenho me tornado uma curiosa em relação a Medicina Oriental e a chance de detectar esses desequilíbrios de forma precoce, podendo prevenir doenças ou complicações e reduzindo “carga” medicamentosa.
Ayurveda: sistema de tratamento e cura
A Ayurveda tem sido uma fonte de estudos iniciais para mim, onde as terapias são relacionadas a características pessoais (os doshas) que devem ser percebidos no momento da abordagem em cada indivíduo.
A abordagem do SER (em equilíbrio), do doente (ser em desequilíbrio) e da doença (ponto de desequilíbrio) feita pela Medicina Oriental me traz muita curiosidade e tem me “aberto os olhos” para esse caminho complementar. Acredito e respeito uma “fonte energética” e pontos vitais e no poder de autocura, quando existe AUTOCONHECIMENTO e aprendemos a decodificar o nosso corpo.
Não me parece ser uma medicina “baseada em evidências científicas”, com ricos estudos de validação, mas em grandes e milenares observações passadas de pai para filho, de tradições a tradições. A respostas dos porquês são simplesmente “É porque É assim que acontece e pronto!”.
Orientais não são questionadores como ocidentais, mas, são muito observadores. Tenho uma característica cética e como tal me enquadro muito bem na Medicina que aprendi desde sempre, mas têm sido incríveis as pequenas descobertas que tenho feito com abordagens e terapias que integram a Medicina Oriental.
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Acredito que tenho muito a aprender sobre elas e que o médico aumenta muito a chance do sucesso terapêutico quando vê o doente antes da doença. Porém o SER, o doente e a doença precisam ser “tocados”.
Sem dúvidas o grande segredo é encontrar o desequilíbrio e voltar ao estágio anterior, mas o grande desafio e beleza de tudo é que somos incrivelmente únicos e como tal nossas terapias e abordagens assim devem ser.
“Nada é bom para todo mundo” não sei de quem é essa frase, mas é perfeita! ☺
O médico em qualquer parte do mundo deve ter o discernimento de qual deveria ser o melhor caminho para trilhar e para isso, quanto mais caminhos conhecer melhor. Mas o caminho vai ser sempre trilhado pelo paciente e o primeiro passo será sempre o desejo de trilhar.
Infelizmente vejo muito “joio misturado no trigo”, mas o “trigo” que encontro faz valer a pena o trabalho de peneira! 🥰
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