Ayurveda

Fígado na Medicina Ocidental x Medicina Oriental

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De forma proposital coloquei esse tema para abordar algumas condições:

Uma delas é o fato de algumas vezes receber pacientes encaminhados  por terapeutas, alguns deles com estudos baseados em culturas orientais como a Chinesa, a Indiana e outras, com a seguinte frase:

“Dra. fui em tal profissional que me disse ter problemas no fígado e por isso estou aqui”. 😲

Isso sempre me deixou “perturbada”, pois após toda anamnese, exame físico e exames complementares, eu não encontrava qualquer indício de um fígado comprometido ou que gerasse preocupação. 🤔

Como estudiosa da Hepatologia Clássica Ocidental, isso sempre me causou incômodo. Por conta disso, ao invés de criticar encaminhamentos, tenho tentado estudar e entender mais essas abordagens. Uma coisa ainda sou convicta: acho muito estranho que alguém encontre algo que não sabe explicar. Por isso sempre tento saber o que procuro em minha prática clínica.

Em qualquer que seja a abordagem de saúde, respeito e admiro o que é sério, estudado e realizado com comprometimento. Ao mesmo tempo repúdio o que é CLARAMENTE enganatório. Muitas vezes ainda tenho dificuldade em separar e por isso tento estudar mais a respeito.

Hoje, temos uma grande confusão nos dias atuais de INFORMAÇÃO e FORMAÇÃO.

Tudo que você procura em SAÚDE deve ter respaldo científico de metodologia e, sendo assim, saber o que fazer com suas descobertas.

Temos que ter a humildade de assumir que para a resolução ou acompanhamento de alguns problemas não somos os mais indicados. E a partir daí indicar a quem de direito, isso de forma clara e até para um trabalho interdisciplinar ou até mais que isso, transdisciplinar. 

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Medicina Oriental aplicada aos Ocidentais

Outra grande questão a  respeito é o uso de medicações a base de plantas, seja na Medicina Tradicional Chinesa e da Ayurveda  – Medicina Indiana, é que muitas vezes não foram bem estudadas em nossa condição genética de povo ocidental. Ou que não possuem clareza em individualização de dose, ou ainda, que são “contrabandeadas” por não serem nativas de nossa geografia e sofrerem problemas com isso.

Enfim, nessa discussão estou citando uma série de questões para falar da frequência não tão baixa de hepatotoxicidade de plantas comumente utilizadas. 

E o quanto devemos estar atentos a isso. Já ouvi várias vezes a frase:

“É natural, não faz mal”, mas infelizmente, a realidade não é bem essa.

As drogas comercializadas em farmácias e prescritas por médicos também possuem  reações adversas, sendo a hepatotoxicidade uma deles. Há também de forma não tão incomum, mas de mais fácil diagnóstico e resolução, simplesmente por haver maior conhecimento (estudos) em nosso meio a respeito.

O fígado na Medicina Tradicional Ocidental

Em relação a minha primeira  questão, o fígado na Medicina Tradicional Ocidental é o “armazém ” do organismo,  quem transforma (metaboliza) e armazena nutrientes e também separa toxinas para serem eliminadas via sangue pelo rim, inclusive tenho um vídeo  só falando sobre isso, pois é fantástico!!!🥰

O fígado é  “indústria de tecnologia plena” e “celeiro” com toda uma logística de entregas perfeitas, porque somos perfeitos! ☺

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Bem, na Medicina Oriental, além disso tudo, tem uma consideração energética muito importante que envolve EQUILÍBRIO EMOCIONAL e aqui estamos falando de energia, fontes e trânsitos  de complexidade que desconheço, mas que tenho tentado estudar. 👨🏻‍🏫

Enfim, mas, o que da para concluir é a grande importância desse órgão e o RESPEITO com que devemos tratá-lo.

Assim, depois de saber o que faz mal para o fígado, seja na visão Ocidental (excessos, maus hábitos alimentares,  álcool, drogas farmacológicas, plantas, sedentarismo) ou da visão Oriental (raiva, frustração, ira) devemos evitar cair nessas armadilhas, pois seu  fígado certamente é o maestro de uma linda sinfonia que dita o ritmo de seu organismo.

Tenho muito a aprender ainda sobre esse órgão, principalmente ao que diz  respeito a medicina Oriental, mas a grande mensagem é o ESTILO DE VIDA é fundamental para ditar uma condição de um fígado saudável ou doente!

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A Gastroenterologia na Medicina Ocidental e Medicina Oriental

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A gastroenterologia na Medicina Ocidental e Medicina Oriental provém de diferentes abordagens para a busca do mesmo objetivo: a cura! Essas peculiaridades vieram de culturas diferentes e, consequentemente, de relatos, entendimentos e abordagens diversas.

Ao estudar a história da Medicina descobrimos que ela se inicia na Grécia com um grande marco, o pai da Medicina: Hipócrates, mas também de outros tantos que iniciaram a arte com propósito de cura.  Gregos e romanos se destacavam nessa caminhada. No entanto, parece que muito antes, no Egito antigo, já eram realizados procedimentos de alta complexidade.

O Oriente manteve o desenvolvimento de sua Medicina de uma forma bem fechada e em alguns momentos de aberturas culturais, políticas e ou de migrações, esses conhecimentos se conectavam e se complementavam em trocas de experiências e observações.

Considero a palavra “COMPLEMENTAR” perfeita, pois tais abordagens se complementam e uma não deve excluir a outra. Muito menos elas devem ser alternativas, mas sim COMPLEMENTARES.

Medicina Ocidental e Medicina Oriental

A Medicina Tradicional Brasileira vem da base Ocidental e logicamente das influências greco-romanas. Por questões culturais, linguísticas e geográficas ficamos muito tempo sem o conhecimento de terapias e abordagens milenares orientais. Algumas delas tiveram grande destaque na China, onde após 1970, com a “abertura” chinesa, tivemos maior contato.

A Medicina Tradicional Chinesa, assim como uma das mais antigas na Índia, a Ayurveda, datam de aproximadamente 3.200 a.c. A Índia possui vários sistemas médicos incluindo a Medicina Tradicional Ocidental que foi levada pelos portugueses e ingleses, e a Medicina Tradicional Muçulmana-Unani que também deriva de Hipócrates, mas com maiores influências do Oriente Médio e outras. Elas são exemplos de abordagens orientais nas quais, em comum, possuem a crença de uma “energia” de nomes diferentes, mas que possibilitam a autocura do corpo humano, possuidor de um sistema sofisticado para localizar a doença (desequilíbrio) e reequilibrar com vários recursos, entre eles e de suma importância: a alimentação.

Tenho me tornado uma curiosa em relação a Medicina Oriental e a chance de detectar esses desequilíbrios de forma precoce, podendo prevenir doenças ou complicações e reduzindo “carga” medicamentosa.

Ayurveda: sistema de tratamento e cura

A Ayurveda tem sido uma fonte de estudos iniciais para mim, onde as terapias são relacionadas a características pessoais (os doshas) que devem ser percebidos no momento da abordagem em cada indivíduo.

A abordagem do SER (em equilíbrio), do doente (ser em desequilíbrio) e da doença (ponto de desequilíbrio) feita pela Medicina Oriental me traz muita curiosidade e tem me “aberto os olhos” para esse caminho complementar. Acredito e respeito uma “fonte  energética” e pontos vitais e no poder de autocura, quando existe AUTOCONHECIMENTO e aprendemos a decodificar o nosso corpo.

Não me parece ser uma medicina “baseada em evidências científicas”, com ricos estudos de validação, mas em grandes e milenares observações passadas de pai para filho, de tradições a tradições. A respostas dos porquês são simplesmente “É porque É assim que acontece e pronto!”.

Orientais não são questionadores como ocidentais, mas, são muito observadores. Tenho uma característica cética e como tal me enquadro muito bem na Medicina que aprendi desde sempre, mas têm sido incríveis as pequenas descobertas que tenho feito com abordagens e terapias que integram a Medicina Oriental.

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Acredito que tenho muito a aprender sobre elas e que o médico aumenta muito a chance do sucesso terapêutico quando vê o doente antes da doença. Porém o SER, o doente e a doença precisam ser “tocados”.

Sem dúvidas o grande segredo é encontrar o desequilíbrio e voltar ao estágio anterior, mas o grande desafio e beleza de tudo é que somos incrivelmente únicos e como tal nossas terapias e abordagens assim devem ser.

“Nada é bom para todo mundo” não sei de quem é essa frase, mas é perfeita! ☺

O médico em qualquer parte do mundo deve ter o discernimento de qual deveria ser o melhor caminho para trilhar e para isso, quanto mais caminhos conhecer melhor. Mas o caminho vai ser sempre trilhado pelo paciente e o primeiro passo será sempre o desejo de trilhar.

Infelizmente vejo muito “joio misturado no trigo”, mas o “trigo” que encontro faz valer a pena o trabalho de peneira! 🥰

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